Vale lembrar que o total das exportações brasileiras de janeiro a agosto deste ano recuaram 3,7% (para US$ 123,568 bilhões) ante o mesmo período do ano passado, devido à queda de 8% nas vendas externas dos demais segmentos.
As importações do setor somaram US$ 8,48 bilhões, em quedqa de 7,6%. Como o resultado, o saldo da balança do setor foi superavitário em US$ 51,97 bilhões. O agronegócio respondeu por 48,9% da receita das exportações brasileiras, ante 46,5% no mesmo período do ano passado.
Os dados divulgados nesta sexta-feira pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura mostram que a receita das exportações do complexo soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, no acumulado deste aumentaram 5,2% em volume e recuaram 0,4% em valor, para US$ 22,441 bilhões, devido ao recuo de 5,3% nos preços médios.
Um dos destaques é o setor sucroalcooleiro, cujas vendas cresceram 28,7% a atingiram US$ 6,843 bilhões. As vendas externas de açúcar neste ano aumentaram 26,9% para US$ 6,121 bilhões, enquanto as de etanol subiram 47,4% para US$ 713 milhões. Em volume a exportação de açúcar cresceu 26,8% e a de etanol 54,9%.
As carnes ocupam a segunda posição no ranking de setores exportadores do agronegócio, com receita acumulada neste ano de US$ 9,41 bilhões, valor 3,1% menor que o de igual período do ano passado.
Segundo o Ministério da Agricultura, as exportações de carne de frango representaram quase metade da receita do setor (48,3%). Em valor, a queda nas vendas de frango foi de 5,1% (para US$ 4,541 bilhões), em função da queda no preço médio (-10,7%), que foi compensada em parte pelo aumento de 6,3% no volume embarcado (para 2,941 milhões de toneladas).
No caso da carne bovina houve redução de 3,1% em valor (para US$ 3,583 bilhões) e 10% no preço, apesar do crescimento de 7,7% da quantidade (926 mil toneladas). Já as exportações de carne suína cresceram 8,4% em valor (para US$ 884,50 milhões), decorrente do aumento de 41,6% no volume embarcado (470 mil de toneladas).
O setor de produtos florestais exportou neste ano US$ 6,71 bilhões, valor 0,5% a menos do registrado nos primeiros oito meses do ano passado. Os técnicos do governo explicam que apesar do crescimento de 2,6% nas exportações de celulose, a redução nas vendas de papel (-7,5%) e de madeiras e suas obras (-1,5%) levaram às perdas do setor.
No caso do café as exportações somaram US$ 3,19 bilhões. “O setor sofre retração expressiva em valor (-22,2%), em função tanto da queda na quantidade embarcada (-10,4%), quanto no preço médio (-13,1%). As vendas de café verde representaram 87,8% das exportações do setor cafeeiro no período”, diz o Ministério da Agricultura em nota.
O milho segue como um dos destaques da pauta de exportações do agronegócio, com receita de US$ 2,647 bilhões de janeiro a agosto deste ano, valor 65,2% superior ao desempenho de igual período do ano passado. O volume exportado cresceu 78,8 e o preço médio recuou 7,6%.